O uso da computação em nuvem em startups brasileiras: o caso da EscreverOnline

Este artigo inaugura uma nova série no Dicas de Hospedagem: exemplos de uso de tecnologias de hospedagem, sobretudo as mais recentes, por startups brasileiras.

Nosso portal tem trazido sempre bons exemplos de uso de tecnologias em webhosting por empresas da área e usuários, mas é freqüente a curiosidade sobre como usar o que há de mais moderno em hospedagem para sites e webapps em modelos de negócio que não estão diretamente ligados ao fornecimento dessas mesmas tecnologias. Em outras palavras, a perspectiva aqui é a do consumidor final, que implementa a tecnologia conforme suas necessidades.

O caso analisado hoje é o da EscreverOnline, startup do Instituto de Tecnologia Educacional do Brasil, que opera em Campinas/SP. A ideia do serviço é oferecer um curso de redação para vestibulares online, com aulas em vídeo, materiais de apoio e outros diferenciais interessantes. Conversamos com os autores desta interessante ideia para trazer mais informações a vocês.

A empresa preparou uma plataforma de ensino a distância cuja característica central é se comportar como uma rede social, onde as pessoas podem interagir, fazer amigos, trocar informações, discutir em fóruns e manter perfis próprios.

Isso, como nossos leitores devem imaginar, exige uma razoável capacidade de processamento, sobretudo quando muitos usuários estão conectados simultaneamente. O acesso e escrita frequentes a bancos de dados fazem com que a aplicação demande bastante da estrutura de hospedagem, exigindo uma solução eficiente para que o acesso dos usuários seja ágil.

De acordo com representantes da startup, após estudar e testar algumas soluções, a estrutura escolhida foi o serviço de computação em nuvem da Amazon, o Amazon Web Services (AWS).

Graças à sua capacidade de crescer sob demanda, a estrutura do Elastic Compute Cloud (EC2) – o componente de servidores em nuvem do AWS – foi capaz de lidar com o alto tráfego e exigências computacionais da plataforma de elearning facilmente.

Uma estrutura assim pode envolver muitas soluções interessantes, como por exemplo uma instância computacional (como são chamados os servidores virtuais) de grande porte para o banco de dados, e mais algumas instâncias de médio porte para processar o código em PHP. Tudo isso ligado a um sistema de balanceamento de carga (load balancer), que garante que o tráfego seja bem distribuído entre os servidores virtuais, melhorando seu uso e aumentando a velocidade de acesso, mesmo sob grande tráfego.

Outro destaque de um sistema assim é a capacidade de crescer ou diminuir, conforme a demanda. Por exemplo, se durante o dia um grande número de usuários acessa o sistema, a estrutura é capaz de adicionar novas instâncias computacionais ao load balancer, e a nuvem computacional pode lidar com o pico de tráfego sem problemas. Ao contrário, se por exemplo no meio da madrugada o acesso é pequeno, a estrutura decresce e se ajusta.

Isso é algo crucial em um serviço de hospedagem que cobra por hora de uso. Com a capacidade de crescer e diminuir sob demanda, os custos operacionais são drasticamente reduzidos. Para uma startup como a EscreverOnline, isso significa oferecer qualidade em termos de velocidade de acesso e uso da plataforma, sem incorrer em custos elevados demais. Segundo os representantes da empresa, essa eficiência em custos permite direcional recursos importantes para pesquisa e desenvolvimento.

Outra solução adotada pela startup de educação é na hospedagem de mídia. Aqui aparece de novo o AWS, desta vez com o serviço S3 (Simple Storage Service). Rápido, o serviço permite hospedar com alta disponibilidade as vídeo-aulas e materiais multimídia da plataforma. O custo é medido por gigabyte utilizado e por número de requisições, por isso a empresa preferiu também utilizar soluções tradicionais como complemento – um servidor dedicado com alta capacidade de disco e de tráfego de dados. Assim, é possível ter uma boa relação de custos, servindo conteúdo mais pesado via servidor dedicado, e conteúdos mais leves via S3.

A empresa mantém alguns segredos sobre como a estrutura funciona, claro. “As tecnologias são abertas e disponíveis a qualquer empresa, mas a implementação é sempre particular e envolve soluções desenvolvidas in-house”, esclarece Alexandre Pioli, responsável pela arquitetura computacional da startup. “Nosso objetivo é sempre oferecer um ambiente virtual rápido, agradável e transparente para o aprendizado. Se a plataforma fica perceptível demais (lentidão, dificuldade de uso, etc), então não é apropriada. Esse é o nosso desafio diário: fazer o conteúdo preparado pelos professores brilhar, e a plataforma ser apenas um eficiente suporte para isso”.

Com o uso de tecnologias e estratégias avançadas em hospedagem, com certeza vamos ver mais uma startup nacional brilhando! E fica o exemplo do uso de tecnologias recentes de hospedagem por empresas que não são diretamente ligadas à área.

Você conhece alguma empresa nacional que faça uso de tecnologias de hospedagem de forma eficiente ou inovadora? Deixe seu comentário ou envie-nos um email – sua sugestão pode ser tema da próxima matéria!


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