O que é o CloudFlare

CloudFlare e o aumento de centros de bancos de dados na China.

Você já ouviu falar no CloudFlare? Trata-se de uma rede de distribuição a nível global que protege e ao mesmo tempo melhora o desempenho de seu site. Antes de mais nada, vamos ver como ele funciona:


Para compreender a diferença de um site com e sem CloudFlare, pense no seguinte: quando um usuário acessa uma página, é estabelecida uma conexão entre seu computador com o site visitado. Com os serviços do CloudFlare contratados, essa conexão passa pela rede da empresa e é analisada. Com isso, como já mencionamos, o site carrega mais rapidamente e seus níveis de segurança aumentam consideravelmente.

Mas o que o CloudFlare tem a ver com o aumento de data centers na China? E por que é importante abrirmos um espaço no Dicas de Hospedagem para tratar desse assunto?

Descubra a seguir!

 

Negociando com a China.

Primeiramente, vamos contextualizar como a Internet funciona na China. O governo tem total controle sobre a rede mundial de computadores dentro do país, podendo definir quais páginas podem ou não ser acessadas e ainda excluir conteúdos que considera “impróprios”.

Logo, é muito complicado qualquer site adentrar a China. O próprio Google, com todo seu poderio, teve que se adequar as exigências do país para se fazer presente no cotidiano dos chineses. Para qualquer outro site, é necessário se afiliar a alguma entidade da China e, através dela, conseguir seu espaço. A Amazon seguiu essa estratégia, unindo-se a ChinaNetCenter a fim de ter um servidor próprio na China para a hospedagem de seu gigantesco ecommerce.

O lado cômico disso tudo é ver empresas americanas como Google e Amazon tendo que se esforçar para entrar na China sendo que grande parte dos aparatos tecnológicos que os chineses usam é de origem estadunidense.

Logo, o que representa uma empresa do porte do CloudFlare conseguir abrir doze – isso mesmo, doze – data centers na China sem o intermédio de nenhuma empresa do país?

É simples e, ao mesmo tempo, genial: o CloudFlare está, basicamente, abrindo espaço na China para todo e qualquer site que se mostre disponível a contratar seus serviços – e esses doze centros de bancos de dados na China tem relação direta com isso.

Vamos explorar um pouco mais esse assunto a seguir.

 

Abertura de mercado.

Você deve estar pensando: por que insistir em fazer negócios com a China sendo que o próprio país se isola do restante do mundo com sua política severa de censura que nem sempre é justificada?

O co-fundador e CEO da CloudFlare, Matthew Prince, esclarece: “fazer alguns negócios com a China é melhor do que não fazer nenhum negócio (com a China)”. Será que existe algum sentido nisso?

Bem, convenhamos… De acordo com os últimos dados divulgados pelo próprio governo chinês, a população da China ultrapassa um bilhão e trezentos milhões de habitantes (apesar de “apenas” 630 milhões terem acesso a Internet). Então sim… A afirmação do CEO da CloudFlare faz sentido.

Só para termos uma noção aritmética, esse número é seis vezes maior que a população brasileira. Isso significa que, ao ser inserido no país, seu site ganha uma gama gigantesca de usuários que poderão visita-lo e tem o potencial de consumir seus produtos e serviços. O que é necessário avaliar é se sua empresa está ou não preparada para suprir essa demanda.

É aí que o CloudFlare faz sua mágica: ele permite a entrada do website na China justamente por fazer a ponte que liga a conexão do usuário ao servidor de seu site, e os doze data centers garantem que tudo funcione da maneira que deve funcionar, desde o desempenho até as questões envolvendo a segurança da página.

 

Concluindo…

Uma empresa do porte do CloudFlare conseguir estabelecer doze centros de bancos de dados na China representa um grande avanço não só nas negociações com o país, mas na própria maleabilidade do governo, que já abriu suas portas comercialmente e agora precisa rever suas políticas relacionadas à Internet.

Só para situar nossos leitores, o CloudFlare administra atualmente trinta centros de bancos de dados que se concentram na Europa e nos Estados Unidos, e teve seus serviços contratados por sites governamentais, empresas de grande e médio porte e até mesmo por usuários que possuem blogs pessoais.

A pergunta que deixamos para finalizar essa publicação é a seguinte: qual o potencial que a China oferece para a Internet? Será que o governo repensará suas leis constitucionais para permitir uma abertura maior aos internautas chineses e, consequentemente, a inserção de mais websites no país?

É difícil prever, mas essa conquista do CloudFlare já nos deixa mais confiantes!

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