Tendências de webdesign: vale a pena seguir todas elas?

Começamos o artigo de hoje com a seguinte afirmação: a Internet representa a evolução da comunicação – e, mais do que isso, a própria Internet passa por constantes avanços, com novos sites, aplicativos e programas que moldam a maneira como as pessoas se relacionam. Dentre Facebook, Skype, Whatsapp ou Twitter, os usuários podem escolher o dispositivo e a ferramenta com que estabelecerão a comunicação.

É por isso que sua empresa precisa ter um site na Internet. Se a comunicação evolui, a maneira com que você divulga seu negócio também deve evoluir. Se no passado era comum pagar por um espaço nos classificados ou uma propaganda de maior destaque nas listas telefônicas – práticas que continuam, porém tendem a cair em desuso – hoje compensa muito mais criar uma página no Facebook e investir na mesma.

Falando em evolução, é impossível não pensar em tendências. Elas são, afinal, a determinação de que o novo deu certo a ponto de ser encarado como uma evolução do estado em que se encontrava antes. As tendências estão presentes em todos os aspectos de nossas vidas, inclusive na maneira como as empresas criam e administram seus respectivos websites.

A tendência num website pode estar presente, por exemplo, no marketing de conteúdo e em assuntos que são muito comentados numa determinada época, ou então no modo em que a homepage é organizada. Pode-se notar uma tendência também nas cores de um banner para um site, ou então como os elementos de uma página são posicionados. Para este artigo, porém, focaremos num elemento específico.

O webdesign.

 

O poder do design.

Pensando no design de uma maneira um pouco mais abrangente, é possível considerar imagens de inúmeros produtos que ficam em nossa cabeça. Essas imagens nada mais são do que o fruto de um bom design. Indo desde o logo da Coca-Cola até a maçã que representa a Apple, ou então ao misto de azul e branco da homepage do Facebook e os balõezinhos amarelos e azuis do Whatsapp, essas imagens permanecem gravadas em nossa memória porque possuem um apelo. De uma maneira individual, nos relacionamos emocionalmente com tudo isso.

É aí que se encontra o trunfo do design – e esse fator deve ser levado em consideração na hora de definir o design do website de sua empresa. Talvez seja devido a sua importância que diversas tendências começam a surgir, verdadeiras “fórmulas mágicas” que trazem consigo o design perfeito e a certeza do sucesso de seu site.

Agora, se faz necessário repetir a pergunta que intitula essa publicação: vale a pena seguir essas tendências? Podemos confiar nelas cegamente?

Bem, antes de responder, vale a pena compreender através de exemplos práticos como o design evoluiu e que papel as tendências representaram nessa evolução.

 

A evolução do design.

Grandes marcas que hoje dominam o mercado em seus segmentos um dia representaram a fronte do webdesign. Cada uma delas se destacou à sua maneira, mas será que hoje em dia é possível encarar o design desses sites com os mesmos olhos de antigamente?

Vamos seguir em frente para que você possa responder essa indagação por si só.

Como primeiro exemplo, usaremos o Facebook – que é, provavelmente, o site com a maior número de mudanças no design. Você já deve ter visto ao menos trechos do filme “A Rede Social”, não é? Então deve saber que o Facebook começou como “The Facebook” e, inicialmente, era utilizado apenas por estudantes da universidade de Harvard, em meados de 2004.

A homepage do site era assim:

O design possui alguma semelhança com o Facebook atual? Bem, com exceção da predominância do azul e do branco, nada se manteve igual. O posicionamento dos campos de login e senha mudou, e a lista de escolas em que o Facebook podia ser utilizado desapareceu (até porque a rede social passou a ficar disponível para praticamente todo o mundo).

Um detalhe peculiar é a foto modificada do ator Al Pacino, na região superior esquerda da página. Imagine quantos processos por utilização indevida de imagem a equipe do Facebook responderia se decidisse manter essa foto em sua homepage?

Vamos pular dois anos no tempo e ir para 2006, quando o Twitter foi lançado – ou Twittr, se preferir. O nome, com a ausência da última vocal, utilizou da popularidade de sites como o Flickr e do termo SMS para se estabelecer.

O design, por sua vez, era assim:

O logo foi criado com um efeito 3D divertido e jovial, e nada se assemelha com o logo utilizado nos últimos dois anos. Falando nisso, as seis vezes em que o design do Twitter foi modificado nos últimos anos não prejudicou em nada a popularidade do site… Muito pelo contrário! Ele é tido como uma das principais redes sociais da atualidade.

Vamos passar para a bem-sucedida cadeia de fast food McDonalds. Com a tecnologia disponível em 1990 e o pouco conhecimento em DHTML, foi possível criar o seguinte site:

Nem precisa dizer que é difícil observar essa imagem por muito tempo, não é? E, ainda assim, essa página foi encarada com um ar de pioneirismo, o que atribuiu ainda mais valor a estratégia de marketing impecável do McDonalds.

E já que estamos falando do McDonalds, que tal citar a Coca-Cola? A página da empresa se resumia nisso:

A fonte utilizada, que nos remete ao estilo de “letra cursiva” ou “handwriting” era extremamente popular na época em que o site entrou no ar (em 1998). E, pouco mais de dez anos depois, o que você diria de um site como esse?

Vamos passar agora para a Amazon. O poderoso ecommerce, que teve início em 2005 como uma livraria online, tinha essa cara:

Tendo seu nome derivado do Rio Amazonas, a empresa viu a necessidade de mudar a partir do momento em que o mercado exigiu mais – inclusive, a inserção de novas categorias e segmentos de produtos.

 

Mas nem sempre as mudanças são drásticas…

Vamos citar agora duas empresas que passaram por algumas mudanças no design, mas ainda mantiveram alguns elementos que nos possibilita buscar por algumas semelhanças entre o velho e o novo.

Primeiramente, o Google. Após seu lançamento, em 1998, o Google se tornou uma das maiores empresas do ramo da informática e da tecnologia. Antigamente, quando era apenas um mecanismo de busca, porém, o site era assim:

Os estudantes da faculdade de Stanford Sergey Brin e Larry Page optaram por uma interface simples por desconhecerem HTML. Apesar disso, pouco mudou no design do Google atual. Talvez, o elemento mais óbvio seja o ponto de exclamação, que não é mais utilizado.

Por fim, veja só esse site:

Trata-se da homepage do New York Times. Como pode perceber, o logo permanece o mesmo, bem como a ideia de situar as manchetes do dia na página inicial – prática adotada por qualquer portal de notícias da atualidade. Algumas mudanças podem ser notadas com o design atual do site, mas muito de sua versão antiga foi mantido.

Considere nosso último exemplo como um “extra”. O site a seguir é tido como “o pior website que existe”. Você pode fazer uma busca com o termo “worst website” no Google para se certificar disso. Veja a seguir:

Seu design possui todos os elementos que nenhum webdesigner recomendaria. Logo, por que estamos citando-o aqui? Bem, pode não parecer, mas esse site é um sucesso de vendas online, mesmo com um design aparentemente sem pretensão alguma. Parece que ele não é direcionado a público algum e, ainda assim, o site recebe milhares de visitas diariamente.

 

O veredito…

O último exemplo que utilizamos para ilustrar as tendências do design comprova que nem sempre elas devem ser levadas em consideração.

Mas calma! Não estamos dizendo que você deve esquecer o que já deu certo para outros sites e arriscar com um design completamente novo e nunca antes utilizado. Analisar as tendências é válido, porém compreender qual delas se encaixa com o perfil e a identidade de sua empresa é vital.

Todas as empresas citadas acima foram capazes de identificar as demandas do público e o que o mercado esperava delas e, a partir dessas informações, fizeram as mudanças necessárias em suas páginas na web para se adaptarem satisfatoriamente.

A mensagem que fica é essa: ouse mais. Leve as tendências em conta, mas não se prenda a elas. Tente o novo. Coloque em prática ideias originais. Pense fora da caixa. Quem sabe, no futuro, não será você quem estará ditando a próxima tendência do webdesign?

O que você achou dos sites apresentados nessa publicação? Qual o potencial deles, bem como seu apelo comercial para o público? Você já desenvolveu o design de seu site? Como foi esse processo e o que foi levado em conta no mesmo?

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Comentários

2 respostas para “Tendências de webdesign: vale a pena seguir todas elas?”

  1. Avatar de Deivid Baptista
    Deivid Baptista

    Design de uma forma geral é o ponto de partida para a maioria dos produtos. Até produtos que nem imaginamos, foram como frutas e legumes modificados para adequarem-se aos apelos visuais do público que as consome.
    De forma geral acredito em uma ousadia responsável, sem comprometer um projeto com uma ideia mirabolante sem antes fazer com que o seu público acostume-se com ela e isso se dá realizando mudanças gradativas e medindo resultados.

    1. Avatar de Dicas de Hospedagem
      Dicas de Hospedagem

      É isso aí Deivid, tem que ir testando para saber o que dá certo :)

      Obrigado pela contribuição!

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